quarta-feira, 17 de junho de 2009

CONFISSÕES DE UMA ADOLESCENTE DE 46

Aquele parecia apenas mais um lindo domingo de sol, e eu esperava pacientimente, por Dila. Tínhamos o hábito de nos juntar ao restante da turma para curtir uma matinê dançante que acontecia todos os fins de semana em um club famoso de nossa cidade. Domingo para mim, significava liberdade, era o único dia em que podia sair sem que minha mãe ficasse me controlando (tinha apenas 14 anos). Embora eu ainda não soubesse aquele seria, sem dúvida, um dia muito diferente. Dila não vinha e as horas passavam rapidamente. Resolví ir sozinha, com certeza nos encontraríamos por lá. Embora me sentisse feliz, alguma coisa não estava muito bem em mim, sentia uma urgência, misto de ansiedade e excitação que não sabia explicar. Parecia que a vida me chamava, e tinha pressa que eu aceitasse o convite que ela me oferecia. Tomei o ônibus, e indiferente as pessoas sentadas em minha volta, perguntava-me, que estranho sentimento era aquele, por que eu estava tão anciosa, de onde vinha aquela sensação ? minha cabeça parecia rodar, levando o mundo junto com ela. Mais do que qualquer coisa, queria chegar logo no club, eu não sabia "porque", apenas sabia. A paisagem que passava freneticamente pela janela, não conseguia roubar minha atenção. Pareceu-me passar um eternidade até chegar ao club. Entrei, e minha aflição só aumentava à medida que me aproximava do slão, onde todos já estavam reunidos em uma dança frenética. Preferí não me juntar aos outros , e caminhei pelo meio do salão em direção ao outro lado, na tentativa de sentar para acalmar um pouco meus pensamentos, por em ordem toda aquela confusão em minha mente. Estava no meio do salão, quando, não sei por que, sentí vontade de olhar em direção a escada que vinha do andar superior. Fiquei estática, paralisada, tomada, dominada pela força daquele olhar, que me fitava com aqueles olhos castanhos amendoados. Aquilo era a visão mais espetacular que já havia visto em toda a minha vida. Vestia camiseta regata amarela com desenhos de skat, uma calça do tipo exército, e calçava uma chinela de couro rasteira. Tinha os cabelos longos e ondulados, e de sua boca pequena e frágil saía um sorriso displicente, inocente, sem qualquer apelação. Retomei as forças e seguí em direção à uma mesa, onde literalmente desabei. Minha mente, era naquele momento, um turbilhão de sensações estranhas e dúvidas. O que estava acontecendo, porque a presença daquela mulher mexia tanto comigo ? nada, nem uma resposta, e ela, de pé no meio do salão, continuava a me olhar, sequer disfarçava, parecia não ter pudor, e, ao mesmo tempo, exalava ingenuidade. Não sabia mais o que fazer, não pensava, não tinha raciocínio, não encontrava razão, dentro de mim tudo era incoerência. Mas eu queria olhar, não me fartava de olhar, precisava daquele olhar no meu, estava louca talvez. Respirei fundo e tentei me acalmar. Nunca havia sentido nada igual, tinha meu namorado, que poderia chegar a qualquer momento, mas me sentia facinada por aquela mulher, era a mulher mais linda que já vira, tinha uma beleza diferente, exótica, inocente e ao mesmo tempo atrevida, sagaz; parecia que calculava os movimentos milimetricamente, só para me provocar, e, ao mesmo tempo, parecia fazer aquilo sem sentir que fazia. Deus ! o que há comigo ? mas Deus não respondia. Baixei a cabeça e em desespero, comecei a rezar. Aquilo não estava acontecendo comigo ! não ! mas eu queria ir, queria ter coragem de falar com ela, mas não, era covarde demais para isso, além do mais éramos mulheres, e aquilo não tinha razão de ser. Estava tão absorvida por meus pensamentos que não notei alguém se aproximar. De repente ouví aquela voz macia, suave, doce e despretenciosa que me perguntava as horas. Erguí a cabeça e olhei, ela estava alí à minha frente, linda como uma visão do paraíso, e eu então, como num clic mágico, pude entender, ela também se interessara por mim.

terça-feira, 16 de junho de 2009

POR QUE VOCÊ ME FAZ FELIZ




Hoje ao acordar, sentí sua falta, sentí que minha vida, já não era a mesma. Sem você aqui, nada pode estar por inteiro, sempre me faltará um pedaço sempre me faltará os seus olhos, vigiando o meu dia> O seu sorriso, refletindo o meu sorrir. A sua calma, ninando a minha loucura. O seu carinho, saciando os meus desejos. A sua presença, completando tudo em mim.


Senti que sem você, eu não posso ficar, que não conseguiria seguir a vida sem tê-la ao meu lado

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Em breve, estarei postando, para os amigos e visitantes deste blog, uma história real, de amor, encontro e desencontro, que com certeza, agradará aos mais exigentes leitores. Aguardem e verão.